Deputados divergem sobre ação da PM em universidade paulista
O líder do Psol, Ivan Valente (SP), criticou nesta terça-feira a ocupação do campus da Universidade de São Paulo (USP) pela polícia militar. Ele chegou a propor a formação de uma comissão externa de deputados para acompanhar o desenrolar do caso, mediar o conflito e restabelecer o diálogo. "Universidade não é lugar para repressão", ressaltou Valente. Professores, servidores e estudantes da USP estão em greve há mais de um mês.
Em resposta, o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) disse que a intervenção da PM obedece a uma decisão judicial e busca evitar que uma minoria de estudantes continue impedindo os demais alunos de, se quiserem, ir às aulas. "Não podemos aqui maximizar um assunto que não tem esse peso", argumentou Nogueira.
Valente afirmou ter informação de que estudantes, professores e funcionários da USP faziam manifestação pacífica no portão da universidade, e já estavam regressando para o campus, quando a PM avançou e iniciou uma varredura. "É só ver as imagens na TV: são bombas de efeito moral, prisões e espancamentos", protestou. Ele repudiou a atitude da direção da USP de chamar a polícia para o local e criticou o governador José Serra. "Eu não esperava isso de um governador que presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE)", disse o líder do Psol.
Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - João Pitella Junior
Agência Câmara
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