Resistência: ontem, hoje e sempre! Ao lembrarmos os acontecimentos que levaram à instituição do dia 08 de março como o Dia Internacional das Mulheres, notamos histórias de resistência que surgiram de demandas ainda atuais. Conquistamos o direito (penso que este não seja o termo ideal, mas não consegui pensar em outra coisa...rs) de andarmos sozinhas pelas ruas. Porém, estamos restringidas devido aos assédios, estupros e violências causadas pelo machismo presente na nossa sociedade. Afinal, a cada 12 segundos uma mulher é violentada no Brasil e, a cada dia, 13 mulheres morrem vitimadas, a maioria, por familiares, parceiros ou ex parceiros. É o patriarcado produzindo desgraças. Por isso, ainda marchamos contra ele!
Ocupamos cargos que éramos proibidas. Somos maioria em escolas e universidades. Temos maiores níveis de formação. Mas recebemos 75% do salário recebido pelos homens, realizando as mesmas tarefas e por vezes, produzindo mais. Temos direito à privacidade. No entanto, o Estado insiste em invadir nossas vidas, impedindo que tenhamos autonomia sobre os nossos corpos. E persistimos: queremos “educação sexual para prevenir, contraceptivo para não engravidar e aborto legal e seguro para não morrer.” Podemos votar e sermos votadas. Porém, ainda que sejamos maioria, somos subrepresentadas nos espaços de poder. É por que não queremos ocupa-los? Quais condições nos são oferecidas para isso? Não se trata de números e sim de processos históricos e contextos sociais com profundas marcas e sob o controle de um sistema patriarcal e machista. O mês de março simboliza a memória de luta e das conquistas por melhores condições de vida das mulheres. E nos alerta que ainda é preciso resistir às opressões e lutar “Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.” Rosa Luxemburgo (1871-1919)
PSOL - Barreiras
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