quarta-feira, 23 de março de 2016

Resistência


Resistência:  ontem,  hoje  e  sempre! Ao  lembrarmos  os  acontecimentos  que  levaram  à instituição  do  dia  08  de  março  como o  Dia  Internacional  das  Mulheres,  notamos  histórias  de resistência  que  surgiram  de demandas  ainda  atuais. Conquistamos  o  direito  (penso  que  este não seja  o  termo  ideal,  mas  não  consegui pensar  em  outra  coisa...rs)  de  andarmos  sozinhas  pelas ruas.  Porém,  estamos restringidas  devido  aos  assédios,  estupros  e  violências  causadas  pelo machismo presente  na  nossa  sociedade.  Afinal,  a  cada  12  segundos  uma  mulher  é  violentada no Brasil  e,  a  cada  dia,  13  mulheres  morrem  vitimadas,  a  maioria,  por  familiares, parceiros ou ex  parceiros.  É  o  patriarcado  produzindo  desgraças.  Por  isso,  ainda  marchamos contra  ele! 

Ocupamos  cargos  que  éramos  proibidas.  Somos  maioria  em  escolas  e  universidades. Temos maiores  níveis  de  formação.  Mas  recebemos  75%  do  salário  recebido  pelos homens, realizando as  mesmas  tarefas  e  por  vezes, produzindo  mais. Temos  direito  à  privacidade.  No  entanto,  o Estado  insiste  em  invadir  nossas  vidas, impedindo  que  tenhamos  autonomia  sobre  os  nossos corpos.  E  persistimos:  queremos “educação  sexual  para  prevenir,  contraceptivo  para  não engravidar  e  aborto  legal  e seguro  para  não  morrer.” Podemos  votar  e  sermos  votadas.  Porém, ainda  que  sejamos  maioria,  somos  subrepresentadas  nos  espaços  de  poder.  É  por  que  não queremos  ocupa-los?  Quais condições nos são oferecidas para isso? Não  se  trata  de  números  e sim  de  processos  históricos  e  contextos  sociais  com profundas marcas e sob o controle de um sistema patriarcal e machista. O  mês  de  março  simboliza  a  memória  de  luta  e  das  conquistas por  melhores  condições de  vida  das  mulheres.  E  nos  alerta  que  ainda  é  preciso  resistir  às opressões  e  lutar  “Por um  mundo  onde  sejamos  socialmente  iguais,  humanamente  diferentes  e totalmente livres.”  Rosa  Luxemburgo  (1871-1919) 

PSOL - Barreiras

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