Podem nos odiar, nos derrotar, nos ameaçar, dar voz de
prisão, mas jamais conseguirão nos fazer assinar a covardia da rendição.
Como diz o companheiro
Jeferson Moura do PSOL- RJ: “Dar voz as dores do povo é um desafio, mais do que
um desafio é um compromisso”. Assumindo radical e intransigentemente esse
compromisso social de dar voz as dores do povo, que não tem voz, vez e quer ter
lugar digno na sociedade, que estamos no PSOL e representando as candidaturas
do PSOL em Barreiras-Bahia, sendo porta voz dos que estão jogados ao léu
da indiferença, e dormem ao rés do chão da sociedade, dos desprovidos de uma
escola e de uma educação de qualidade, de saúde, esporte, lazer, cultura,
praças, quadras poliesportivas e muitas vezes de “pão” para comer em casa, numa
região com tanta produção de alimentos, numa região com tanta riqueza
convivendo lado a lado com a pobreza extrema e que dessa forma acabam arrastando
facilmente para a criminalidade nossas crianças, adolescentes e jovens,
transformando-os precocemente em “pequenos bárbaros”.
Não
é novidade para ninguém que a base programática do PSOL se pauta num principio:
a independência política dos trabalhadores e excluídos. Dessa forma quando o
PSOL foi fundado nacionalmente ele surgiu para ser um abrigo das bandeiras
históricas da classe trabalhadora. Nós concebemos a categoria dos Policiais
Militares como classe trabalhadora que também é massacrada, oprimida e que tem
o seus direitos desrespeitados.
Nossa
opção é estar ao lado do povo pobre, trabalhador, das/dos desempregadas (os),
das/dos simples, das/dos estudantes, enfim, dos sem voz e sem vez, do povo brasileiro
e barreirense.
Em
assim sendo, quando nosso candidato a prefeito envolveu-se no caso dos
adolescentes e jovens que eram de modo covarde, brutal, injusto, ilegal,
imoral, indecente e humilhantemente, agredidos e violentados por aqueles que
antes têm a função primordial de evitar e combater a violência, não fez nada
mais e nada menos do que dar voz, àqueles adolescentes e jovens, que de tanto
sofrerem a violência da privação de uma vida digna, já não podiam mais GRITAR
por socorro, GRITAR a sua dor, GRITAR sua humilhação, GRITAR por respeito...
Como
dizem: “Aonde há a violência, haverá sempre (ou deverá sempre haver) a luta
contra a violência!”.
Renato
Santos é advogado, casado, pai de três filhas e desde a mais tenra idade
dedicado aos cuidados da família, e não somente a família que constituiu com
sua esposa, mas toda a família da qual ele pertence – pais e irmãos. Militante
social histórico de grupos de jovens, sindicatos, partido político, membro da
direção da OAB e de outros importantes órgãos e entidades de defesa dos
direitos humanos, possuidor de um relacionamento amistoso, respeitável, digno,
honrado, sério e de crédito, com diversas instituições, inclusive com a própria
Polícia Militar e o comando da mesma.
Todavia,
não podia ficar imóvel diante das cenas, silenciar-se, furtar-se da obrigação
de GRITAR o GRITO dos desprovidos de tudo e de todos!
É
fato incontestável que em todos os setores da sociedade – na política, justiça,
polícia, empresariado, imprensa, etc. – existem aqueles que devem ser chamados
de imprestáveis, mas existem também os que dignificam suas profissões e honram
as Instituições em que trabalham. Alguns trabalhadores das Polícias tenta de
forma inconteste zelar pelo cumprimento dos seus deveres mesmo diante das
gigantescas dificuldades enfrentadas. Já outros não são dignos de ostentar as
insígnias da Polícia Militar.
Somos
conhecedores do degradante trabalho da polícia militar e nos solidarizamos na
luta pela melhoria das condições de salário e trabalho nas
polícias.
O PSOL tem lado na luta por uma sociedade livre, justa,
humana e sem qualquer tipo de opressão e/ou repressão. E este lado, também é ao
lado dos Policiais Militares, Bombeiros, Civis e da População!É o
nosso PSOL que em Brasília no Congresso Nacional tem travado intransigente e
radicalmente uma luta em defesa dos Policiais Militares, Bombeiros e Civis, na
luta pela aprovação da PEC 300 que fixa o Piso Salarial dos policiais
militares.No Rio de Janeiro a nossa Deputada Estadual Janira Rocha teve o
mandato ameaçado de cassação por defender os policiais militares e estar
favorável a greve dos mesmos no inicio desse ano. Aqui na Bahia, Marcos Prisco
e outros PM’s encontraram abrigo no PSOL, no momento da legítima greve e
reivindicação da PM.
Não
poderíamos nos omitir, ao assistir um explorado, oprimido, explorando e
oprimindo outros!REPUDIAMOS toda e qualquer forma de exploração, opressão e
repressão!
Diante
do ocorrido fica evidente que há uma defasagem na formação desses profissionais
tão vitais na sociedade. Em que consiste o processo de formação dos policiais
militares. Deparamo-nos algumas vezes com alguns grupos de futuros policiais na
rua, deitando no chão, correndo, fazendo exercícios físicos e cantando aquelas
músicas com letras depreciativas, preconceituosas e machistas. Sabe-se que
ficam um período no Batalhão e lá fazem alguns testes/provas de conhecimentos.
Consiste apenas nisso a formação desse imprescindível profissional?
Algumas
(uns) podem argumentar, dizendo: “Mas, o caso não era nem com eles. Ele nem
conhecia os adolescentes e jovens. O que ele queria se meter com isso?”
Como diz Heloisa Helena vereadora do
PSOL em Maceió: “De fato para nós seria muito mais cômodo, cuidar da nossa
vidinha pessoal com serenidade e ternura como gostamos. Ora, não são os nossos
filhos que estão jogados nas ruas, acorrentados ao crak como miseráveis escravos,
porque tem gente que é assim, tem gente egoísta, que se for o seu filho
sangrando e agonizando faz uma barraco para defender, mas se for um pobrezinho
das ruas passa de longe para não se comprometer. Mas, por que [Renato Santos] e
outros mais insistem nessa travessia dolorosa de incomodar-se com as angustias
extremas dos outros? POR QUE insistem em sentir como se dor em seu coração
fosse, a dor que é do outro e não lhes pertence?
Porque é nossa belíssima obrigação
defender a vida em plenitude, para aquelas (es) que esse modelo medíocre de
sociedade está condenando a barbárie da dor de prostituirem seus corpos, de
servirem de mão de obra escrava do trafico, narcotráfico e do crak, além de
transformá-los em mortos em dignidade, mesmo em vida. Porque jamais vão nos
fazer assinar a covardia da rendição. Nas nossas lutas honradas a esperança é
luz em nosso caminho, como diz: “Falo pelos os que não falam, grito pelas bocas
mudas, estou além da mortalha da mentira e da mordaça.”
REPUDIAMOS
o exercício no mínimo de falta de profissionalismo de alguns presunçosos e
pseudo radialistas que em seus programas de Rádio, ao anunciarem o
acontecimento, teceram comentários levianos, infundamentados, inconsistentes,
desrespeitosos, com ridicularização e chacotas. O verdadeiro exercício da
liberdade de imprensa da qual o PSOL também é defensor, é averiguação e
exposição na integra dos dois lados de um eventual história ou fato. E não a
deturpação dos fatos e acontecimentos, a
exposição pública e irresponsável das pessoas.
Por
fim afirmamos uma vez mais que o PSOL vem se consolidando como um partido
necessário e indispensável as/aos desamparados e desprovidos de tudo e de
todos!Infelizmente
as/os trabalhadoras (es) ainda não adquiriram uma consciência que os fizesse identificar
e lutar contra as/os verdadeiras (os) responsáveis por suas mazelas
O PSOL
tem lado e este é ao lado do nosso povo pobre, negro, sofrido, excluído sem
perspectiva de um futuro promissor. Fazemos
ecoar mais uma vez que é necessário lutar por aquelas (es) que não conseguem
gritar a sua angústia extrema!
“Aonde há a violência, haverá sempre a luta contra a
violência!”
Barreiras, 09 de setembro de 2012.
Direção Municipal do PSOL Barreiras
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